Um estudo foi realizado para investigar a função sexual dos atores pornô e publicado pelo departamento de urologia da Universidade de Miami.
O estudo promove a análise de um grupo de homens nunca antes estudado e apresenta um resultado surpreendente elevado no uso de medicamentos para disfunção erétil entre os jovens atores. A investigação contribui para a formulação de novas hipóteses para os estudos sobre a disfunção erétil dentro da comunidade em geral, particularmente em homens jovens, um grupo no qual se pensa que a condição está em ascensão.
A investigação foi publicada pelo Departamento de Urologia da Universidade de Miami, em parceria com a Free Speech Coalition (FSC), um grupo de advocacia para atores da indústria do entretenimento erótico nos Estados Unidos.
O estudo foi feito por meio de Um questionário com 40 perguntas feito a partir do Índice Internacional de Disfunção Erétil (IIEF) e foi enviado a para o banco de dados da FSC. Este índice examina quatro domínios da disfunção sexual: disfunção erétil, função orgásmica, desejo sexual e satisfação na relação sexual. Apenas homens com pênis biológico foram incluídos como critério para os dados recolhidos para a investigação.
Os resultados demonstraram que 38.7% dos homens que participaram da investigação sofriam de disfunção erétil, pelo menos moderada. A média de idade dos investigados é de 36 anos, com a variação etária entre os 19 e os 70 anos.
Os resultados mostram que 69.4% dos homens que reportaram o uso de medicamentos para disfunção erétil (comprimidos ou injeções). Entre estes, 41.9% usam apenas para a atividade profissional.
Sobre tratamentos injetáveis para disfunção erétil, os especialistas comentam que “o uso repetido de tratamentos por injeção para a disfunção erétil pode causar fibrose corporal, o que pode alterar a ereção ou causar dores durante o processo.
Este risco pode ser evitado ao reduzir o seu uso frequente e ao evitar injetar sempre no mesmo local. Um homem que usa tratamento para disfunção erétil regularmente, dado a sua atividade profissional, pode tornar-se psicologicamente dependente do medicamento caso comece a preocupar-se excessivamente em não conseguir produzir ou sustentar uma ereção com um(a) parceiro(a) sexual fora do ambiente de trabalho”.
Atores jovens com alto índice de disfunção erétil
Um dos resultados mais surpreendentes da pesquisa foi em relação aos homens de 20-29 anos, os quais 42.1% reportaram sofrer de disfunção erétil ao menos moderada. Entre os estes jovens investigados, 84.2% afirmaram usar tratamentos para disfunção erétil, seja em comprimidos ou injeções. Isto é significativamente mais alto do que as estimativas da população em geral desta mesma faixa etária. Por exemplo, um amplo estudo global colocou a prevalência de disfunção erétil entre 20 e 29 anos em oito por cento. Uma pesquisa do YouGov sobre disfunção erétil realizada no Reino Unido, apresenta como resultado o uso de medicamentos para disfunção erétil entre homens de 25 a 34 anos em 10%.
Atores porno: Um grupo pouco estudado
Atores porno são um grupo populacional que tem estado fora do foco e atenção da comunidade médica em respeito à disfunção erétil. A maior parte dos estudos acadêmicos nestes grupos focam sobre as percepções sociais da indústria do entretenimento erótico, o consumo de filmes pornográficos e as repercussões psicológicas do contato com este material, focando mais no público do que nos atores.
É importante compreender as razões de tantos homens jovens na indústria do entretenimento erótico relatam sofrerem disfunção erétil. Estes jovens têm menos experiência que os profissionais da área com mais idade. A falta de experiência pode contribuir para a sensação de dúvida ou ansiedade.
Espera-se que os atores pornô possam atuar e manter a ereção em momentos específicos e por longos períodos. Atuam enquanto são observados por diversas pessoas da equipe, a exemplo da produção.
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